O poeta me diz que a vida parou, ou que talvez tenha sido o automóvel...
Não!
Quem parou fui eu!
Os carros ao meu lado passam tão rápido que não vejo mais que borrões multicoloridos,
O mundo gira tão depressa que já estou terrivelmente zonza e embriagada pelo seu movimento.
Mas eu?
Ah, eu...
Eu desacelerei meu ritmo para agilizar minha alma,
Acelerei meu corpo para aquietar minha mente.
Eu que parei!
Parei de martírios, remorsos, delírios.
Parei!
Aquieto-me inquieta em minha contradição.
Condição irrefutável de mim.